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domingo, 27 de janeiro de 2013


SANTA MARIA - RS










‎27 de Janeiro de 2013
Nunca imaginei que uma brincadeira daria nisso! 
Acompanhei o início do fogo que veio das faíscas do sparkles e se propagou pelo teto nas esponjas do isolamento acústico.
Não me apavorei porque não achei que poderia lidar com a situação, mas vi muita gente entrar em pânico, cair e desmaiar umas por cima das outros, era um mar de gente atirada. Vi que muita gente em crise acessou a porta mais próxima, que era a do banheiro e se alojaram lá dentro. Vi pessoal que trabalhava se escondendo até dentro de freezers! Quando vi que não tinha mais jeito de sair pela saída principal dei a volta na areá vip e sai pela lateral empurrando e pisando por cima de muita gente, acredito que não sairia se não fosse pela força que utilizei para passar pelas pessoas, ao sair olhava para baixo e via que pisava e cruzava por cima de mulheres e homens desmaiados. Foi uma merda sair por uma porta de no máximo 2 metros e ainda com uma mesa atravessada e todos aqueles corrimões atravessados no meio do caminho. Não vi alarme soando, só gritos, não vi luz de saída, só fumaça. Quando sai me passou na cabeça as pessoas que passei por cima e voltei para retirá-las pois não agüentava escutar berros, ver policias e bombeiros sem dar conta, porque tinha muita gente empilhada. Quando entrei tinha que escolher quem salvar, mas até aí não tinha passado na cabeça a MORTE.
Muita gente apavorada e nenhuma organização, tivemos que levar muitas pessoas desmaiadas no colo até o topo daquela subida para largar dentro de ambulâncias, uma estratégia deveria ser montada faltou para aproximar atendimento das vítimas, mas não culpo porque mal cabia duas pessoas dentro de cada ambulância
Sem ter saída para a fumaça e não podendo ver mais ninguém para poder ajudar começamos a abrir um buraco na parede, arrancar madeiras, grades, janelas destruíramos o isolamento acústico. Ao abrir o buraco na parede para entrar no caixa e um bombeiro me convidou para entrar porque sozinho não conseguiria tirar as pessoas. Entrei e pela primeira vez vi a morte pessoalmente. Vibrava a cada pessoa que saia, mas eu via que nenhum estava com vida. Vizinhos me molhavam e molhavam panos para que eu pudesse entrar mais para o meio da boate, logo um enfermeiro do SAMU me pediu para sair lá de dentro, pois tinha risco de desabar. Não acreditei e ele me mostrou que todos que saiam daí para frente estavam mortos, mesmo assim voltei, peguei uma lanterna com um policial e voltei para ver se alguém se mexia ou pedia socorro. No primeiro momento que liguei e foquei a luz na área vip vi muitos corpos, não sabia mais o que fazer, perdi forças porque vi gente pendurada em grades, vi pessoas empilhadas uma por cima das outras e não era uma ou duas dezenas, era muita gente.
Imagem que nunca apagarei da minha cabeça, não tive força física para ficar ali e tive que sair derrotado de dentro daquele buraco, não entendi a noção e o tamanho da tragédia. Vim abatido para casa, pois não agüentava a dor nas pernas e na cabeça. Acordei agora ao meio dia com amigos atrás de mim, liguei a tv e vi a relação de pessoas mortas.
Queria ter feito mais! Mas sei que tanto eu quanto meus amigos e voluntários deram o máximo.
Agradeço a todos, pois são irmãos que abraçaram a causa e davam sangue pelas vítimas. Eduardo Flores da Silva Eduardo Buriol de Oliveira Matheus FettermannAndré Luis Kettermann Coutinho Kassio Lutz Marcos Vinicius Soquetta Jeferson Ribeiro Lima Caixa Anderson mtos outros desconhecidos bombeiros policiais e todos os voluntarios profissionais da saúde


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

      Repassando um comentário inteligente
  
GENTE! PARABÉNS PARA QUEM ESCREVEU ISTO COM MUITA CORAGEM.    LEIAM, É IMPORTANE DIVULGAR.

 
Esse cidadão dizia "todos os meus heróis morreram de overdose". E era aplaudido.
 
       É .... DEVIAM COLOCAR o txt abaixo NUM OUTDOOR LÁ NA PRAÇA CAZUZA, NO LEBLON...

                    
Psicóloga x Cazuza! 

              Esta mensagem precisa ser retransmitida para todas as FAMÍLIAS!
              Uma psicóloga  escreveu, corajosamente, algumas verdades
.

 Ela
 assistiu ao filme e escreveu aseguinte  reflexão a respeito:
  'Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora.. As pessoas estão cultivando ídolos errados..
Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? 

 

Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível.
              Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos, eu) com conceitos de certo e errado.              

            
No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras.O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.
           
São esses pais que devemos ter como exemplo?
           Cazuza só começou a gravar porque o pai era diretor de uma grande gravadora..
           Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidadeou por não terem algum conhecido importante. 
           Cazuza era um traficante, comosua mãe revela no livro
, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminosoConcordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar éque um nasceu na zona sul e outro não.
           Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapazprincipalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas, fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.
            Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria?
            Como ensina o comercial da Fiat,precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor.
            Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido
. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissesem NÃO quando necessário?
            Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor .

            Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar.. 
Não se preocupem em ser 'amigo' de seus filhos.                
            Eduque-os
mais tarde eles verão que você foi à pessoa que mais os amoufoi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre.'

                     Karla Christine
                   Psicóloga Clínica